Uma Páscoa de Fé, esperança e redenção

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Este abril de 2015, relembra aquele domingo de Páscoa de 24 de abril de 1915. E assim, neste dia sagrado, cem anos depois do genocídio armênio, unidos como cristãos para celebrar a ascensão de Cristo depois da sua morte terrena sobre a cruz, e também, como armênios – herdeiros de um povo que ressurgiu a partir das cinzas do genocídio – marcamos o nosso próprio renascimento como nação.
Vamos recordar com orgulho a nossa ressurreição como povo, assim como nos lembramos com tristeza, que ainda esperamos por justiça. Como um povo que acredita no poder da fé e no perdão, buscamos a redenção verdadeira e duradoura da Turquia através do seu arrependimento. Assim como está nas escrituras, que nos diz que a verdade nos libertará, assim também a justiça, levará todos nós no caminho para a paz. Para os líderes e governos da Turquia, o caminho difícil para o verdadeiro perdão deve passar por uma confissão sincera dos pecados passados e um pedido de desculpas por todo o prejuízo, o retorno completo de tudo o que deve ser legitimamente prestado às vítimas de seus crimes, e uma renúncia permanente ao ódio e a violência contra os filhos e filhas daqueles que viviam nas terras bíblicas em torno do Ararat por milhares de anos.
A Turquia deve arrepender-se em palavras e atos. Redimir-se em espírito e ação. Renunciar ao mal e todos os frutos de seus crimes malignos. Entregar aos armênios tudo o que uma vez foi e continua sendo armênio. Finalmente, como os armênios, filhos da primeira nação a adotar o cristianismo, no mais sagrado dos dias, convocamos todos os nossos irmãos e irmãs na fé em todo o mundo para se juntar a nós e oferecer uma oração para um milhão e meio de almas inocentes que em uma Páscoa, cem anos atrás, tiveram enorme sofrimento.

CNA-Brasil